Postado por Caloan Guajardo - Comunicação FBF em 01/05 - em Interior
Nesta terça-feira, 1º de maio, às 15h, os times São Carlense e São Paulo farão uma reconstituição da partida de 8 de abril, que havia sido válida pela 11ª rodada do Campeonato Municipal de Rio Real, porém foi anulada como resultado da apuração de reclamações e denúncias de má conduta do São Paulo.
O J.R.B. apresenta um dos elencos mais bem equilibrados ou completos deste ano e, portanto, é um dos favoritos ao título. Mesmo assim, por irregularidades com atleta, perdeu pontos de um confronto do qual saiu vitorioso.
Equipes com espírito esportivo encarariam essa notícia com indiferença. Outras de caráter mais neutro encontraram nela um alívio, ou uma oportunidade.
Uma destas é o São Paulo. Campeão de 2011, o grupo parece comportar-se como uma participante adolescente de um concurso de beleza. Tem um corpo decente que tem rendido bons frutos: 6 a 1, 3 a 0 e 5 a 0; perdeu na estréia por 2 a 1 e empatou com o próprio J.R.B. no encontro do dia 11 de março, tudo bem, mas todo mundo tem celulite. O que pode tirar seu charme, contudo, é a insegurança.
Naquela tarde do infame dia 8, o J.R.B. entraria em campo às 13h30 para enfrentar o progressista Real Madre Rio e precisaria de um empate para alcançar a Semifinal.
De acordo com o presidente da Liga Desportiva de Rio Real (LDRR), José Adilson do Nascimento, um dirigente de um dos clubes teria ouvido, em conversa informal numa casa comercial da cidade, o presidente do São Paulo, senhor José da Silva Nascimento, alegar que se o placar confirmasse a vantagem para o rival, ele iria “abrir o jogo para o São Carlense”.
Foi um empate tosco, mas foi. Eis que às 15h30 já estavam em campo os investigados, envolvidos numa trama que atestou a seriedade das palavras do vacilante comandante já mencionado. A imprensa estranhava a falta de ousadia do campeão, os torcedores também.
O Estádio Roberto Santos ficava, pouco a pouco, menos denso nas arquibancadas que em campo. Alguns fãs, decepcionados, saíam resmungando ao suspeitarem do esquema. Erivelto, do São Carlense, não encontrou tanta resistência para plantar a pelota por entre a meta de Cláudio, aos 22 minutos do 2º tempo. São Carlense 1x0 São Paulo.
E a caridade deveria parar aí. Foi o que disse um dos “perdedores” ao oponente, supostamente pedindo que segurassem as pontas ali enquanto Cláudio ainda tinha chances de ser premiado como Goleiro Menos Vazado.
Atendendo aos inúmeros pedidos, a LDRR e sua Junta Disciplinar averiguaram o caso e comprovaram que os rumores não eram falsos. Como punição menos dolorosa, o veredito foi dado e em pleno Dia do Trabalho os jogadores devem bater ponto e fazer valer a honestidade.
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