Antes de qualquer coisa, o fato: o J.R.B. venceu o São Paulo nos pênaltis por 3 a 0. Os duelistas não conseguiram desengasgar do 1 a 1 da partida.
Agora, às fábulas. Para isso, além de papel e caneta, o leitor talvez queira evocar seu lado Dan Brown ou André Gide: nesta história tem dois elementos que remetem ao sagrado – o Estádio Roberto Santos e o São Paulo –; além de duas possibilidades de interpretação do ocorrido: a Culpa (algo também ligado ao Catolicismo) e o Carma (associado a tantas religiões “pagãs”).
O autor americano poderia escrever pelo menos um conto chamado O Código do Vice. Seria um best-seller por aqui. Depois daquele capítulo em que o presidente do São Paulo cometeu a indiscrição de facilitar para o São Carlense no dia 8 de abril – redimindo-se com um 7 a 2 no Dia Internacional do Trabalhador –, o São Paulo ainda merecia perder?
Como discutir mérito e culpa não vende, Brown acrescentaria a Conspiração: será que o árbitro Mário Sérgio Bancilon não fez vistas grossas ao aparente impedimento do gol do JRB?
Principais lances
1º tempo
“O primeiro tempo foi bastante equilibrado, nenhum dos dois se mostrou muito superior ao outro”, diz o presidente da LDRR. Não tinha um preferido, porém quem pode negar que o São Paulo teve aquele relâmpago de sorte? A torcida não.
Os envolvidos estavam ali na pequena área: o Valdemir e o Fábio do JRB, com o adversário Biriguidi.
1º tempo
“O primeiro tempo foi bastante equilibrado, nenhum dos dois se mostrou muito superior ao outro”, diz o presidente da LDRR. Não tinha um preferido, porém quem pode negar que o São Paulo teve aquele relâmpago de sorte? A torcida não.
Os envolvidos estavam ali na pequena área: o Valdemir e o Fábio do JRB, com o adversário Biriguidi.
Valdemir sobe para cabecear, falhando joga para trás. A bola fica para o zagueiroFábio. Ele escorrega. A bola resta para Biriguidi, que tira do goleiro Joelson e toca para a rede: gol aos 24 minutos.
Até aí, nenhuma reclamação. O auxiliar da equipe comemora nos arredores das quatro linhas, alguém foi visto fazendo o sinal da cruz etc. A autoconfiança aumentou, não teve reação efetiva do outro lado até que chega o intervalo.
2º tempo
“Aí o São Paulo já se acomodou um pouquinho, foi, o JRB dominou um pouco mais essa segunda etapa”, confessa José Adilson do Nascimento.
Não foi tão rápido, nem tão fácil. Ganhar por 1 a 0 não seria ruim, olha só, 20, 35, 40 minutos se passaram e nada, os tricolores já pagaram seus pecados e estavam com os dedos no caneco. Seria festa do Vaticano Rio-realense!
Para a felicidade do escritor parisiense André Gide, sentido em espírito, não.Isaque preparou-se para cobrar o escanteio. Fábio, de cabeça, toca para trás.Serginho aproveita a sobra e marca seu tento aos 43 minutos.
Pênaltis
O São Paulo deu o primeiro tiro com outro Serginho, que chutou alto demais. Robson seguiu. Mirando o canto esquerdo inferior, converteu para o J.R.B.
O jogador com apelido de rima de pagode, Biriguidi, por pouco não igualou: Joelson interferiu. Enquanto o arqueiro Cláudio se jogou para um lado, Isaque apontou para o meio e acertou.
O São Paulo deu o primeiro tiro com outro Serginho, que chutou alto demais. Robson seguiu. Mirando o canto esquerdo inferior, converteu para o J.R.B.
O jogador com apelido de rima de pagode, Biriguidi, por pouco não igualou: Joelson interferiu. Enquanto o arqueiro Cláudio se jogou para um lado, Isaque apontou para o meio e acertou.
Wilson arriscou um gol de piedade, mas por centímetros erra a trave e manda para a direita. Fábio encontrou um Cláudio parado, com fé abalada, e enfiando no ângulo direito levou o time à glória. Resultado final: São Paulo 0x3 J.R.B.
Premiação
O atual campeão levou o Troféu José Gustavo dos Santos e o vice recebeu oTroféu Nelson Borges da Cruz. O terceiro colocado foi o Pindoba.
Joelson foi o “Goleiro Menos Vazado”, sofrendo somente três gols. O Artilheiro foi o Josmar, do São Paulo, somando 10 gols. David, do JRB, foi o “Melhor Jogador”, já o Luiz Vidal, do Real Madre Rio, o “Jogador Revelação”.